domingo, 8 de agosto de 2010

A Origem

Eu tinha muitas expectativas sobre o filme A Origem, um dos mais aguardados do ano.
O diretor Christopher Nolan conhecido por filmes intrigantes como Amnésia, Insônia e o Grande Truque consolida sua inclinação ao suspense em A Origem. A história que tem quase 3 horas te deixa apreensivo do começo ao fim com a nova missão que recebe Leonardo Di Caprio, um "invasor" de sonhos. Só que desta vez não será apenas um trabalho, mas também sua oportunidade de voltar para casa. No caminho ele e seu inseparável colega de trabalho Arthur (Joseph Gordon-Levitt), contam com a ajuda de um falsificador, um alquimista, uma arquiteta interpretada pela Ellen Page (atriz de Juno) e o mandante do negócio sendo a trama inteira "assombrados" pela magnifica Mal (Marion Cotillard).
O conceito parte da suposição que uma pessoa pode entrar no sonho de outra e participar dele ao ponto de causar mudanças em sua atitude na vida real. Até aí, super bacana. A filmagem segue a linha do tudo é possível (e realmente tudo foi possível) no mundo dos efeitos especiais de hoje, prepare-se para muitas cenas sem gravidade, em slow motion da melhor qualidade, diversos planos sobrepostos e cenários incríveis. Somando um ao outro ganhamos com certeza um sucesso de bilheteria, mas... conforme disse no início, as expectativas eram grandes e não foram atingidas. O conceito é tão bom que parece ter subido a cabeça do diretor de forma que ele inseriu a idéia dentro dela mesma 2 vezes. Bom, daí pareceu que isso foi feito só pra ter mais tempo de exibir efeitos especiais, que desembocam em violência, tiros e explosões (bom, eu sou mulher e essas coisas me irritam) ao invés de se concentrar no onírico que é mil vezes mais interessante.
De qualquer maneira, vale muito a pena assistir, mesmo porque ficar de fora deste forte candidato a diversas indicações ao Oscar não pega bem. No final das contas, você estará em frente a um grande filme em termos de entretenimento, mas não de uma grande história.
  • Ponto forte: efeitos especiais
  • Ponto fraco: reproduzir o mesmo conceito 3 vezes
  • Prestatenção: trilha sonora do filme toda dedicada a Edith Piaf, cujo a biografia foi interpretada no cinema justamente pela Marion Cotillard
  • Tem a ver: filme "A cela"
  • Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=GvyvP0ldyNs

2 comentários:

  1. Na primeira vez que vi, pensei exatamente como vc! Mas baixei o filme e me reuni para ver com uns amigos, com a "simples" proposta de decifrar o real significado para o filme! Dessa vez, nao me importei tanto com os efeitos especiais, que nao primeira vez que se ve o filme, realmente chamam toda a atençao. Mas ao ver o filme pela segunda vez, isso fica em segundo plano, e é possível mergulhar na história.
    Algumas dicas para quem se viciou no filme:

    - prologo para o filme em historia em quadrinhos http://movies.yahoo.com/feature/inception-comic.html

    - Teoria forte na internet sobre o filme (cuidado, é um spoiler!!): http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2010/08/inception.html

    SPOILER:

    Nossa teoria foi bem mais simplista que essa. Na verdade, o final do filme é um sonho de Cobb. Ele nao conseguiu sair do Limbo, no fim ele "desarmou" suas ultimas barreiras e foi viver o sonho como sua realidade. Por isso que todo o final da certo. Os medos deles todos sao superados e finalmente ele consegue ver seus filhos. Porém, o forma em que eles acordam no aviao, de como ele passa no controle de passaporte e do avô (WTF!?!?!) ter buscado ele no aeroporto e de como estao os filhos dele (igual a todo sonho dele) são indicios de que aquilo é um sonho. Além disso, ele e Saito nao saiem da van, outro indicio de que os dois ficaram perdidos no Limbo.

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