sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Tive uma experiência das mais bacanas de poder assistir a Tropa de Elite 2 no Rio de Janeiro. Um dia antes entramos em um táxi e o papo com o taxista foi sobre a reeleição do governador do Estado do RJ. O taxista se mostrou bem descontente com o fato, pois é morador de um dos morros “pacificados” pelos policiais (um dos feitos do governador). Nos disse que aparentemente o morro em que vive está mais organizado, já que o tráfico agora era controlado pela própria polícia. No dia seguinte, conseguimos (com esforço) lugares para uma sessão em um cinema do Leblon. Eis a surpresa: um dos temas abordados no filme era justamente esse. Realidade ou ficção, o público me pareceu viver exatamente aquilo pelas suas reações.
José Padilha e Wagner Moura alcançaram um ponto alto de identificação por parte dos cariocas e também, por que não, dos brasileiros em geral: principalmente em tempos de eleição quando a indignação é mais evidente.

O filme é realmente mais denso que o primeiro. O âmbito particular se torna mais tenso com o filho adolescente e seu novo padrasto.
No entanto, novamente, é o Capitão Nascimento que leva o filme, apesar de o mesmo destrinchar a tensão em outros personagens. Quando Wagner Moura está em cena, o furor do público é evidente. Não sei se ele nasceu para este papel ou o contrário.
Atuação pequena de Seu Jorge é bem significativa, fiquei com tanto medo que rezava para ele tirar um pandeiro e começar a cantar Pretinha pra aliviar a tensão.
O sucesso do Tropa 2 se deve a mais do que o próprio filme, mas a distribuição e a publicidade angariada por José Padilha.
Fiquei sabendo de experiências em outras salas, agora em SP, onde o filme também foi aplaudido pela platéia ao final.
Bom para o cinema brasileiro e ruim para o brasileiro que nos identifiquemos com este filme.
Por fim, só tenho a acrescentar que quisera eu poder ver a todos os filmes em sua terra de origem. A sensação totalmente outra. Quem sabe um dia?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eu vi, mas não escrevi


Assisti a estes 3 filmes em setembro, mas não havia escrito sobre eles.

Cabeça a prêmio: trata-se do primeiro longa dirigido por Marco Ricca. Vá assistir para prestigiar o cinema nacional! Como estréia, acho que foi um bom caminho. Para nós, paulistas, acho difícil a identificação com a história, mas para outras regiões deve fazer mais sentido.


Quando me apaixono: não se deixe enganar pela péssima tradução de título (não é um romance). A história sobre relação entre mãe e filha é sensível, até surpreende. Estréia Helen Hunt como diretora, co-roteirista e protagonista do filme.


Amor à distância: fórmula do mesmo. Algumas risadas com o casal bacana dentro e fora do cinema Erin (Drew Barrymore) e Garrett (Justin Long).

Comer, Rezar, Amar


A adaptação do romance Eat, Pray, Love de Elizabeth Gilbert é a receita perfeita para Hollywood e principalmente para o público feminino.
O filme tem como tema a vontade de Elizabeth (Julia Roberts) de largar tudo (sua vida e marido) e ir viajar pelo mundo, fato difícil de não se identificar. E de fato ela vai, primeiro para Roma (comer), depois para a Índia (rezar) e por último para Bali (amar).
Como em quase a maioria dos casos, o filme fica aquém do livro, não pela história em si (que precisa inevitavelmente ser editada, utilizando apenas as partes mais significativas), mas porque não há tempo o suficiente para desenvolver os sentimentos dos personagens. Ao assistir apenas ao filme parece que a protagonista é uma mimada que de uma hora pra outra resolveu jogar tudo pro alto, sem razão. Quem leu o livro sabe que não é bem por ai. Não obstante, o filme não chega a ser um balde de água fria para os leitores do romance, eu diria que ele complementa, por retratar a beleza destes 3 lugares e da própria, sempre carismática, Julia Roberts.
A pergunta básica que se deve fazer é: é possível combinar Roma, Índia, Bali, Julia Roberts e Javier Bardem e dar errado? A resposta certamente é não.
  • Ponto Forte: edição sobre a linguagem de sinais dos italianos
  • Ponto Fraco: início do filme (tenta contar muita coisa em pouco tempo)
  • Prestatenção: Javier Bardem tentando falar português
  • Veja o Trailler: http://www.youtube.com/watch?v=cji7pUWhBi8

Wall Street - O dinheiro nunca dorme

  • O retorno de Wall Street em 2010, seguindo sua primeira versão (Poder e Cobiça) de 1987, também dirigido por Oliver Stone estréia novamente Michael Douglas, como Gordon Gekko saindo da cadeia e ansiando retomar a sua vida.
    Para tanto, escreve um livro e em uma palestra sobre ele conhece seu genro "Jake" Moore (Shia LaBeouf), que é corretor da bolsa de valores. Começa ai uma relação de escambo entre “iguais”, trocando negócios e afeto.
    O pano de fundo da história é a vingança: de Jake contra Bretton James (Josh Brolin), de Gordon contra o mercado que o expeliu, de Winnie (Carey Mulligan) contra o pai. Tudo isso amparado pelo cenário de crise no mercado financeiro.
    Como dá para notar há bastante assunto a ser desenvolvido, e mesmo assim o filme deixa a desejar tanto ao público envolvido no mercado quanto aos interessados na trama. A história acaba por não dar profundidade a parte mercadológica (fica superficial a ponto de eu – publicitária – entender) e nem ao drama que acaba num conto de fadas, estilo “Um lugar chamado Nothing Hill”.
    Para uma coisa deve-se dar o braço a torcer: os americanos sabem fazer traillers de filme como ninguém, talvez isso não seja tão bom, pois ao elevar a expectativa do público, corre-se o risco de não correspondê-la.


  • Ponto forte: Bretton distruindo o quadro do Goya (essa cena doeu na alma)
  • Ponto fraco: tentar evitar que os dilemas realmente cheguem aos seus limites
  • Prestatenção: tradução (legenda) muito mal feita
  • Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=8kVN9_rsLmY

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Refúgio

O filme acompanha Mousse (Isabelle Carré) e Louis (Melvil Poupaud) em um namoro movimentado pela heroína. Logo no início, Louis morre de overdose e Mousse sobrevive grávida. Afastada de todos e de Paris em seu refúgio, Mousse desenvolve sua gravidez enquanto tenta se abster das dogras. Uma inesperada visita do irmão gay de Louis, Paul, a faz repensar suas emoções em relação a vida. O filme de François Ozon aborda vários assuntos interessantes, mas acaba por não desenrolar nenhum deles, o que torna o filme fraco.



terça-feira, 31 de agosto de 2010

O escritor fantasma


Veio a calhar a estréia de "O escritor fantasma" com o momento "estudioso" da minha vida. Estou fazendo um curso com o Sérgio Rizzo, na Casa do Saber, sobre Grandes mestres do cinema e um dos estudados é Roman Polanski, o diretor deste filme. Bom, relendo esta frase me parece diminuí-lo ao caracterizá-lo pela sua última obra, sendo seu legado para o cinema de tamanha importância.

Tive o prazer neste tempo de assistir a "Lua de Fel" e a "Oliver Twist", fora os muitos outros que fazem parte da sua filmografia como "O bebê de Rosemary" e "O Pianista" e perceber as particularidades de um diretor tão aclamado e controverso em sua vida pessoal.

Por isso, talvez, se o filme fosse dirigido por outro cineasta eu teria achado um grande feito, mas para Polanski, não.

Vamos falar do filme agora. É super legal mesmo, um roteiro que te prende a história, graças também ao trabalho do roteirista Robert Harris (escritor do livro The Ghost).

Junto com Evan McGregor, escritor contratado para escrever a biografia de Adam Lang (Pierce Brosnan), o espectador é levado para dentro da atmosfera de tensão (típica de Polanski) e descobre aos poucos o segredo do ministro britânico, segredo este que faz alusão a história recente da Inglaterra com Tony Blair.

Dos que estão em cartaz hoje, este é um dos imperdíveis. Se estiver interessado em conhecer a filmografia de Polanski, então, este se torna um dos "perdíveis".

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vincere


Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o filme do cineasta Marco Bellocchio é sobre a história da amante secreta de Mussolini. Polêmico e forte são os adjetivos mais congruentes para esta biografia de um dos homens mais controversos da história. Ela trata de abranger o lado psicológico do fascista italiano, remontando apenas o início de sua história na política, quando jovem sindicalista, para ambientar seu romance com Ida Dasler (Giovanna Mezzogiorno).
O ator que o interpreta quando jovem e mais adiante como seu próprio filho (Filippo Timi) é espetacular, parece que nasceu para este papel.
O título é o nome de uma música famosa chamada Vincere, angustiante e dramática como o próprio filme.
Ida é uma mulher apaixonada que abre mão de todos os seus bens para ajudar Mussolini a inaugurar o seu jornal, primeiro passo para expor as suas idéias.
A história deles a princípio é tão engajada e mútua que nos esquecemos, assim como ele, que é casado e tem uma filha, não obstante, não demora muito para que a trama nos recorde e acabe com o “conto de fadas” de Ida.
Conforme vai ascendendo politicamente, Mussolini se distancia de Ida, que concomitantemente engravida e tem um menino (frase emblemática dita por ele a Dasler – antes um batismo que um funeral). Bom, a partir daí é só se preparar para sentir raiva, já que o ditador em questão, põe todo o seu pouco caráter em prática e não só desaparece como a separa do filho e a interna em um instituto psiquiátrico.
O que acontece depois não vou contar para não perder a graça e nem tirar as esperanças de vocês. Por último, acho importante falar dos aspectos cinematográficos. O diretor não contentou-se apenas com a forte história que tinha nas mãos e inovou muito na fotografia e na sobreposição de imagens documentadas do próprio Mussolini, o que dá um aspecto bem mais real a trama.
Realmente esse não da pra perder, principalmente se for fã de um bom drama como eu.
  • Ponto forte: diálogo de Ida com o psiquiatra
  • Ponto fraco: para alguns, dramático demais
  • Prestatenção: cenas em que eles vão ao cinema, mudo na época, com músicos tocando a trilha sonora ao vivo, simplesmente o máximo.
  • Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ldYi82S__kY

domingo, 8 de agosto de 2010

A Origem

Eu tinha muitas expectativas sobre o filme A Origem, um dos mais aguardados do ano.
O diretor Christopher Nolan conhecido por filmes intrigantes como Amnésia, Insônia e o Grande Truque consolida sua inclinação ao suspense em A Origem. A história que tem quase 3 horas te deixa apreensivo do começo ao fim com a nova missão que recebe Leonardo Di Caprio, um "invasor" de sonhos. Só que desta vez não será apenas um trabalho, mas também sua oportunidade de voltar para casa. No caminho ele e seu inseparável colega de trabalho Arthur (Joseph Gordon-Levitt), contam com a ajuda de um falsificador, um alquimista, uma arquiteta interpretada pela Ellen Page (atriz de Juno) e o mandante do negócio sendo a trama inteira "assombrados" pela magnifica Mal (Marion Cotillard).
O conceito parte da suposição que uma pessoa pode entrar no sonho de outra e participar dele ao ponto de causar mudanças em sua atitude na vida real. Até aí, super bacana. A filmagem segue a linha do tudo é possível (e realmente tudo foi possível) no mundo dos efeitos especiais de hoje, prepare-se para muitas cenas sem gravidade, em slow motion da melhor qualidade, diversos planos sobrepostos e cenários incríveis. Somando um ao outro ganhamos com certeza um sucesso de bilheteria, mas... conforme disse no início, as expectativas eram grandes e não foram atingidas. O conceito é tão bom que parece ter subido a cabeça do diretor de forma que ele inseriu a idéia dentro dela mesma 2 vezes. Bom, daí pareceu que isso foi feito só pra ter mais tempo de exibir efeitos especiais, que desembocam em violência, tiros e explosões (bom, eu sou mulher e essas coisas me irritam) ao invés de se concentrar no onírico que é mil vezes mais interessante.
De qualquer maneira, vale muito a pena assistir, mesmo porque ficar de fora deste forte candidato a diversas indicações ao Oscar não pega bem. No final das contas, você estará em frente a um grande filme em termos de entretenimento, mas não de uma grande história.
  • Ponto forte: efeitos especiais
  • Ponto fraco: reproduzir o mesmo conceito 3 vezes
  • Prestatenção: trilha sonora do filme toda dedicada a Edith Piaf, cujo a biografia foi interpretada no cinema justamente pela Marion Cotillard
  • Tem a ver: filme "A cela"
  • Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=GvyvP0ldyNs

domingo, 1 de agosto de 2010

Salt

Luz, câmera, ação! É exatamente o que esperar de Salt, o Identidade Bourne for women. Misturar ação e Angelina Jolie dificilmente pode dar errado. Jolie, como sempre, está lindíssima em suas diversas versões: loira, morena, de cabelo curto ou comprido e sempre magérrima (até demais - Ei, Brad Pitt, leva essa mulher pra comer!). Achei a trama mediana e um tanto confusa. Normalmente esses filmes deixam aquela sensação de ansiedade para descobrir o porque de tudo aquilo estar acontecendo, mas não foi isso que provocou em mim, me senti confusa, como se tivesse perdido alguma parte e por isso não entendia (o que foi rapidamente resolvido no final). Como não sou nenhuma expert em filmes de ação, perguntei a outras pessoas, mais qualificadas que eu neste gênero, se haviam gostado e o resultado foi que ninguém se apaixonou pelo filme,
mas por ela... unanimidade é a palavra certa.

Uma noite em 67


Saudades daquilo que eu não vivi. É esta a sensação que dá ao assistir o documentário dirigido por Terra e Calil, que tem por essência justamente desmistificar o que foi aquela noite em 67. A abordagem deste filme é inusitada pelos depoimentos, tanto dos artistas que participaram, como dos organizadores deste evento; que nada mais foi do que um programa de televisão ao vivo, da Rede Record, que precisava dar certo. O festival contava com uma platéia enérgica que vaiava demais e aplaudia na mesma medida; e foi justamente ela que deu a vida que aquilo tudo merecia. Mas, o documentário não traz apenas os finalistas do festival se apresentando, mostra também os bastidores: as perguntas dos repórteres (bem perdidos, tentando entender o que estava acontecendo). Ressalto a entrevista de Caetano Veloso, onde ele responde sobre o que seria o Pop, é absolutamente inusitado alguém conceituar o que seria aquilo no presente com tanta lucidez. Bem, o filme revela bem isso tudo: eles estavam fazendo história sem se dar conta ao certo do impacto daquilo. Nem preciso dizer que dá vontade de cantar o tempo todo, pois aquelas músicas fazem parte da cultura brasileira (e não só) muito vividamente até hoje, mesmo que não tenham hoje o sentido que tiveram no passado. Uma abordagem muito pertinente sobre o tema foi a do esquecimento: Chico Buarque e Caetano não se lembraram ao certo das letras de Roda Viva e Alegria, Alegria e quase todos fazem questão de dizer que não gostaram de ficar caracterizados apenas por aquelas canções. No âmbito particular, é muito tocante ouvir deles a saudade da juventude, de serem mais bonitos e flexíveis. Apesar do documentário seguir a linha anti-saudosista, é impossível não ter vontade de ter estado lá. É bem compreensível que os artistas demonstrem não ter saudade daquela época, pois estavam sob regime militar e a maioria foi preso e exilado do país. Vou falar uma frase que é bem batida, mas retrata bem o porque de não termos mais composições (principalmente em termos de letra) como as daquela época: o sofrimento é necessário para a boa criação, ou seja o engajamento deles com a política e por tudo o que lhes aconteceu posteriormente impulsionaram a criação de letras muito profundas e de melodias inéditas. A acomodação (não gosto deste termo, mas não encontro outro melhor) de hoje não permite toda essa vontade do novo, infelizmente. Nos dias atuais, temos que nos contentar com American Idol e suas versões nacionais que nos fazem rir dos candidatos cantando músicas que foram compostas por estes maravilhosos compositores no passado, sem nada novo. Não podemos culpar os candidatos, mas talvez os organizadores poderiam ter mais criatividade, pois o show business atual tem muita capacidade para isso.
Bom essa resenha está mergulhada em "achismo" de uma pessoa que, como tantas outras, está acostumada a repetir o que lê e escuta por aí, por isso gostaria que vocês fossem assistir a Uma noite em 67 e comentassem aqui, de preferência discordando de mim.
fica a dica: reportagem da revista Bravo! sobre o documentário na edição de Agosto/10.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Shrek para sempre


Apesar do tempo ter se passado desde o 1º Shrek, esta saga não teve uma evolução. Os efeitos especiais sim, evoluiram muito, mas mesmo assim me senti mais dentro do 1º filme que do último (mesmo sendo este em 3D). A história se concentrou no desfecho da trilogia e deixou de lado o humor de praxe. Deixa saudades principalmente o burro, que tem papel pouco expressivo nesta última jornada.
A história apresenta a dúvida de Shrek no "para sempre" do seu casamento e nova vida com filhos e obrigações. Engraçado que temas como este tem sido frequentes em filmes de animação. Os personagens atuais estão abandonando o conto de fadas e pensando mais sobre suas vidas. Eu me pergunto em que medida isso é bom (rsrsrs).
Enfim, o gato de botas é quem garante a diversão acompanhado do clipe de encerramento que nos 3 Shreks trouxe boas surpresas dotadas de ótimas trilhas sonoras e cenas hilárias.
Bom filme para assistir no domingo a tarde comendo pipoca.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Prova de Morte - Quentin Tarantino - 2007


O "novo" filme de Quentin Tarantino é para um público restrito, conforme anunciado antes do início do filme.
Tive 2 experiências com este filme no cinema. A primeira no Cinemark do Shopping Higienópolis, local onde uma parte do público não encarou bem a trama - alguns foram embora e outros saíram reclamando em voz alta; e a segunda no Espaço Unibanco onde tudo ocorreu como o esperado.
Fácil entender o porque deste estranhamento: o título do filme engana os desavisados que imaginam ser um filme de ação ou terror. Bom, não dá pra negar que "A prova de morte" tem um pouco dos 2 generos, aliás, um pouco de vários generos, tais como: comédia, romance, suspense e os 2 outros citados anteriormente. Mas o que marca é a sensação de catarse ao final.
Talvez seja um dos filmes mais nonsense de Tarantino, e a partir de hoje, considero nonsense um elogio.
A história se passa nos EUA, em 2 cidades pequenas (o filme se divide entre elas), mas de fato elas só servem para ambientar a trama como uma espécie de faroeste moderno.
A estrela do filme é o Dublê Mike, maravilhosamente interpretado por Kurt Russell, que transita entre o agressor e o covarde durante todo o filme perseguindo mulheres diferentes em 2 histórias.
Sendo a 1ª, focada na sensualidade: mulheres reais com roupas despojadas, suadas, com barriguinha, um equilibrio perfeito entre naturalidade e extravagancia.
Já a 2ª se concentra em mulheres fortes e com personalidades um tanto quanto masculinizadas.
Entre cortes originais, perda de cor, referências a diversos filmes, inclusive aos dele próprios, Tarantino demonstra a confiança que apenas um grande diretor de cinema pode ter. Não é pra qualquer um. É filme para um diretor restrito.